Manuel des tunnels routiers

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6.3. Traçado geral das estradas e exemplos nacionais

6.3.1 Traçado em planta

As curvas acentuadas devem ser evitadas, especialmente se estiverem ligadas a um alinhamento reto. Deve salvaguardar-se um raio de curvatura mínimo de 550-600 m. Os espaços laterais devem, também, permitir a visibilidade longitudinal nas curvas.

Em túneis urbanos, é conveniente considerar velocidades base próximas da velocidade realmente praticada em condições de tráfego fluido e não congestionado.

6.3.2 Perfil longitudinal

Devido à influência na velocidade, os perfis longitudinais descendentes estão na origem de um maior número de acidentes, especialmente no caso de volumes de tráfego elevados (ganho de velocidade no sentido descendente).

6.3.3 Perfil transversal

As reduções dos perfis transversais são perigosas e podem causar acidentes.

Deve ser dada atenção ao ponto em que se verifica a redução do perfil transversal. Se a largura da faixa de rodagem e/ou da zona fora da faixa de rodagem, no túnel e na aproximação ao túnel, for menor do que na estrada a céu aberto, estas alterações devem ser implementadas muito antes do portal do túnel e tão suavemente quanto possível: ver Capítulo 4.7 "Conceção dos portais do túnel " do Relatório 2008R17.

6.3.4 Altura livre

Registam-se, frequentemente, acidentes com veículos de grandes dimensões em túneis retangulares ou túneis com teto falso para efeitos de ventilação.

Aconselha-se a instalação, fora do túnel, antes de cada portal, de uma escapatória sinalizada, bem como de um sistema para parar fisicamente os veículos de grandes dimensões.

A Secção IV.2.6 "Altura livre" do Relatório 05.04.B   contém mais informação sobre este assunto.

6.3.5 Túneis uni ou bidirecionais

Os túneis bidirecionais provocam mais acidentes do que os túneis unidirecionais. Contudo, os utentes respeitam bastante bem a proibição de ultrapassagem em túneis com declives longitudinais médios. No caso de declives acentuados, é aconselhável, contudo, planear uma via adicional para circulação de veículos lentos.

Aconselha-se vivamente que não se proceda à alteração da direção do tráfego para absorver as horas de ponta de tráfego diárias.

Os túneis bidirecionais podem permitir economias no âmbito da construção faseada de túneis em autoestradas, em que, do ponto de vista económico, a operação de tráfego bidirecional deve ser planeada numa primeira fase, e a operação de tráfego unidirecional numa segunda fase. Contudo, isto verifica-se na condição de que a largura utilizável do túnel seja concebida tendo em consideração os requisitos do tráfego bidirecional e seja, por isso, suficientemente larga para acomodar uma série de picos de tráfego (por exemplo, férias de verão ou de inverno). Mesmo que tal disposição seja aceitável do ponto de vista da segurança, deve ser evitada na medida do possível. No caso de túneis urbanos, esta solução deve ser proibida.

6.3.6 Interchanges

As interseções subterrâneas (ramos de ligação de entrada e saída) podem causar acidentes. Por conseguinte, devem ser corretamente concebidas. A iluminação deve destacar estes pontos singulares e os desafios geométricos enfrentados pelo condutor. É necessário ter cuidado com a perceção visual do condutor.

Dentro do túnel, as saídas devem estar localizadas a certa distância do portal. Vários acidentes, a maior parte resultando em ferimentos, ocorreram em túneis em que o ramo de ligação se localiza imediatamente depois do túnel. No caso de túneis com condições de espaço restrito, é conveniente planear uma via adicional dentro do túnel para o ramo de ligação de saída.

Références

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